Foto: Wendell Silva/Referência Comunicação
A produção de queijo de manteiga é um dos destaques da
economia da região Seridó, no Rio Grande do Norte, que já é reconhecida
nacionalmente pelos seus bordados. Iguaria de tradição secular, o queijo de
manteiga também é apreciado em todo o país e integra um dos pilares para a
região se posicionar como a segunda maior bacia leiteira do Rio Grande do
Norte. Agora, os queijeiros locais buscam estratégias para valorização deste
produto artesanal, como a obtenção do selo de Indicação Geográfica (IG). O
primeiro passo foi dado nesta quarta-feira (24), com a criação da Associação
dos Produtores de Queijo do Seridó (Amaqueijo).
A entidade já começa com 17 produtores associados, cuja
adesão ocorreu na assembleia de formação, que fez parte da programação do 1º
Seminário sobre Indicações Geográficas e Marcas Coletivas. Realizado em Caicó
até amanhã (25), o evento é promovido pelo Sebrae no Rio Grande do Norte e
instituições parceiras. O seminário está sendo realizado no Sindicato dos
Trabalhadores Rurais de Caicó.
O seminário contou com a presença de representantes de vários
órgãos, como a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Seridó (Adese), o
Centro de Tecnologia do Queijo do IFRN – Campus Currais Novos, Banco do
Nordeste, Emater, Idiarn, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), Ministério do Desenvolvimento Regional, Senar, Ufersa e UFRN.
“O seminário é uma oportunidade para avaliar o que já
aconteceu e definir estratégias para que o Seridó se torne uma referência de
queijo de qualidade para o mundo”, diz o gerente. Segundo Pedro Medeiros, o
trabalho desenvolvido na Indicação Geográfica dos bordados trouxe embasamento e
serve de exemplo para que outras cadeias produtivas da região também tenham a
possibilidade de buscar esse reconhecimento de Indicação Geográfica ou Marca
Coletiva.
A programação do seminário foi estruturada em conteúdos
voltados para o segmento de laticínios e derivados do leite. Uma das palestras
foi proferida pela professora Dra. Andréia de Alcântara, coordenadora de
Pesquisa e Inovação no IFSP, Campus de Birigui-SP, que abordou sobre a força do
associativismo e tratou da possibilidade de criação de um Fórum Estadual de
Indicação Geográfica e Marca Coletiva para o estado do RN. “É importante ter
esse espaço coletivo com produtores e organismos de apoio do estado de modo a
fortalecer todas as indicações geográficas possíveis no RN”, destacou a
pesquisadora do IFSP,
Ela ressaltou que outros estados já trabalham firmemente a
favor desse tipo de propriedade intelectual (indicações geográficas e marcas
coletivas). Andréia Alcantara destacou a importância do associativismo para
representar os anseios dos produtores locais junto ao reconhecimento de
Indicação Geográfica. “É necessário que essa entidade coletiva seja respeitada,
valorizada, não esquecendo que o ator principal de toda essa cadeia são os
produtores”, reforçou.
Revista BZN
Fonte: Blog de Ismael Medeiros
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