A ligação do povo seridoense com o plantio do algodão é algo
cultural e perpassa os fins econômicos. Por entender que as terras desse lugar
outrora foram consideradas locais de significativa produção e também sendo o
algodão por décadas a fonte de renda do seu povo, evidentemente por seu
potencial, o Instituto Riachuelo desenvolveu o Projeto AgroSertão, que objetiva
reintroduzir, ou melhor dizendo resgatar a história da cotonicultura no Seridó
do Rio Grande do Norte com o apoio de instituições parceiras, neste caso o
Sebrae e Embrapa Algodão.
Carnaúba dos Dantas foi uma das cidades comtempladas pelo
projeto, que neste 1º ciclo que há pouco se encerra beneficiou 11 agricultores
familiares distribuídos nas Comunidades Carnaúba de Baixo, Água Doce, Espera,
Lajedo, Areias da Cobra, Ermo de Cima, Garrotes e Pedra Branca.
Com o uso de tecnologias sustentáveis, a produção dessa
matéria prima teve como base a agroecologia, ciência que apresenta uma série de
conceitos, princípios e tecnologias para trabalhar agroecossistemas, o que
oportuniza a implantação de sistemas produtivos capazes de gerar renda aos
agricultores ao mesmo tempo em que lhes permitem que desenvolvam a agricultura
de subsistência.
Para a safra 2022, utilizou-se a variedade BRS Aroeira, cujas
áreas de produção se estimam em 5 ha. Dessa área foram colhidos 4.633,100 kg de
algodão em rama, 1.674,900 kg de algodão em pluma, retornando para os
produtores 2.688,700 kg de caroço que serão utilizados para a alimentação
animal assim como a rama, sendo considerada uma alimentação muito nutritiva e
que barateará os custos de produção.
Sendo assim, foi injetada na economia local uma receita de R$
25.123,50 (vinte e cinco mil cento e vinte e três reais e cinquenta centavos) o
que nos faz compreender que o algodão continua sendo uma alternativa de renda
aos agricultores familiares do Seridó, ainda mais consolidado devido às
práticas de produção adotadas, estimulando a produção agrícola e economia
local.
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