A presença de agrotóxicos nos alimentos é conhecida pela
população, porém o impacto e malefícios na saúde ainda é pouco divulgado. A
pesquisadora do Instituto Nacional do Câncer, Márcia Sarpa, afirma que há
fragilidades nos critérios de classificação toxicológica dos agrotóxicos
utilizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Para Sarpa
a classificação é vaga, uma vez que leva em consideração apenas uma exposição
por um curto período de tempo. Para a especialista, é preciso ter em vista os
efeitos crônicos causados pela ingestão contínua de agrotóxicos, por longos
períodos de tempo.
O Inca detectou algumas doenças associadas à ingestão de
alimentos contaminados pelos pesticidas. “Os efeitos neurotóxicos, que são
efeitos sobre o sistema nervoso central, por exemplo o Mal de Parkinson, também
já foi associado a exposição aos compostos, o autismo em crianças já tem
estudos que indicam que as mães dessas crianças foram expostas aos agrotóxicos
ao longo da sua gestação”, afirma.
Uma das preocupações de especialistas da área da saúde é a
associação de agrotóxicos a doenças cancerígenas. O Inca realizou pesquisas no
Hospital do Câncer que comprovam esse vínculo. Em um dos estudos, foi possível
constatar que pacientes com linfoma não-Hodgkin tem altas chances de terem sido
expostos a agrotóxicos.
Fonte: www.brasildefato.com.br
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