domingo, 12 de setembro de 2021

Caixa lança concurso para Técnico Bancário com 1.100 vagas apenas para pessoas com deficiência (PcD)

A Caixa Econômica Federal lançou nesta sexta-feira (10) o edital do concurso Caixa 2021 com 1.100 vagas, sendo todas para o cargo de técnico bancário, mas apenas para pessoas com deficiência (PcD). Do total de vagas, mil são imediatas e 100 para o cadastro de reserva. Em ambos os casos, 20% das oportunidades são destinadas a pessoas negras ou pardas.

De acordo com o edital, os aprovados terão ganhos iniciais de R$ 3 mil, para jornada de 30 horas, porém, com os benefícios, o valor pode chegar a R$ 4.486,03, aproximadamente.

Inscrições

As inscrições tiveram início nesta sexta-feira (10) e vão até o dia 27 de setembro. Os interessados em participar do concurso deverão realizar o cadastro no site da Fundação Cesgranrio, que é a banca examinadora responsável por organizar o certame. Para concorrer, é preciso ter apenas o nível médio completo, além de se enquadrar, legalmente, na condição de pessoa com deficiência.

O valor da taxa de inscrição está fixado em R$ 30,00. O edital completo pode ser acessado por aqui.

Os candidatos do concurso Caixa 2021 serão avaliados em até cinco etapas, sendo elas: provas objetivas; redação; aferição da veracidade da autodeclaração prestada por candidatos pretos ou pardos; análise do laudo médico; e procedimentos admissionais. Para ser aprovado, será preciso obter 50% ou mais dos pontos tanto no conjunto da prova quanto em cada conhecimento (Básico e Específico).

Será considerado habilitado para a prova de redação somente quem estiver classificado, na objetiva, em uma posição que não ultrapasse o triplo do somatório do total de número de vagas e do número de cadastro de reserva.

A redação será composta por um texto dissertativo-argumentativo, com 100 pontos no total. Os aprovados, conforme os limites estabelecidos no edital, realizarão as demais etapas, sob responsabilidade da Caixa. Os exames objetivos vão abordar as seguintes disciplinas:

Conhecimentos Básicos

• Língua Portuguesa (dez questões, com valor de um ponto cada);

• Matemática Financeira (dez questões, com valor de um ponto cada); e

• Conhecimentos Bancários (dez questões, com valor de um ponto cada).

Conhecimentos Específicos

• Noções de Probabilidade e Estatística (cinco questões, com valor de um ponto cada);

• Conhecimentos de Informática (dez questões, com valor de um ponto cada); e

• Atendimento Bancário (15 questões, com valor de um ponto cada).

O link para o edital pode ser acessado  AQUI

Foto: Divulgação/Caixa Econômica Federal.

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Fonte: Por Dentro do RN

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Extrema pobreza cresce 29% no Rio Grande do Norte

Estado teve o sexto maior crescimento da extrema pobreza no país. Em 24 das 27 unidades da federação, a miséria aumentou.

Bruno Vital

Repórter

Foto: Magnus Nascimento 

Com uma renda mensal de R$ 220, oriunda do Bolsa Família, a catadora de recicláveis Keliane de Lima, de 28 anos, sequer sabe se terá comida para oferecer aos quatro filhos, com idades entre oito e 12 anos, no dia seguinte. Junto ao marido, também catador, e as crianças, há cinco anos ela vive em um barraco de dois vãos com paredes, piso e teto improvisados na ocupação Eleny Ferreira, no conjunto Parque dos Coqueiros, Zona Norte de Natal, onde moram outras 60 famílias. Com a geladeira e o armário vazios, ela depende de doações para sobreviver em meio a fome.

“Até agorinha eu estava pensando no que a gente ia fazer para tomar café. Você acredita? Aqui a geladeira está sem nada”, disse Keliane, que recebeu a reportagem da TRIBUNA DO NORTE na manhã da última sexta-feira. “Ontem (quinta) foi aperreado porque minha irmã está no hospital internada e eu deixei os meninos com o pai deles aqui. Aí ele ligou perguntando se tinha alguma coisa e não tinha. Deixei minha irmã lá e fui para o meio dos conjuntos pedir. Ainda arrumei R$ 3 de ovos, um cuscuz e um tantinho de manteiga. Aí fiz pra eles. E assim vamos levando. Tem dia que a gente pensa até em fazer besteira, mas meu filho de 12 anos conversa muito comigo. Tem sido difícil demais a situação aqui”, relata.

Keliane faz parte de um grupo de 600 mil pessoas que vive em extrema pobreza no Rio Grande do Norte, isto é, 17% da população do Estado, de acordo com um estudo do economista Daniel Duque, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Entre o primeiro trimestre de 2019 e janeiro de 2021, o índice da extrema pobreza passou de 13,1% para 17%, um crescimento de 3,9 pontos percentuais, o que significa um aumento de 29,7%. Foi o 6º maior crescimento entre os estados do Brasil, atrás de estados como Roraima (8,7 pontos percentuais); Ceará (4,4 pontos percentuais); e Pernambuco (4,4 pontos percentuais). A pesquisa da FGV traduz em números uma percepção cada vez mais presente nos centros urbanos do RN: pessoas pedindo dinheiro e comida em sinais de trânsito, ruas e supermercados.

Em relação à pobreza, o Rio Grande do Norte chegou a 40,7% da população (o que já inclui os 17% em extrema pobreza). Nesse caso, o Estado teve o 4º maior crescimento entre os estados do Nordeste, atrás apenas de Sergipe; Paraíba; e Pernambuco. O avanço da miséria e da fome foi flagrante em todo o país, uma vez que 24 das 27 unidades federativas registraram aumento da taxa da população considerada pobre ou muito pobre, segundo Duque.

Para definir pobreza e pobreza extrema, a pesquisa utilizou parâmetros do Banco Mundial, que estabelece que uma pessoa é pobre quando vive com até R$ 450 por mês. Já o pobre extremo é o que tem rendimentos mensais de até R$ 150, o que representa R$ 5 por dia. Dentro do universo de 1,4 milhão de potiguares na faixa da pobreza, existem ainda 600 mil pessoas em condições ainda mais vulneráveis, os considerados pobres extremos, como é o caso de Keliane de Lima, que recebe R$ 220 do Bolsa Família. O valor é dividido para seis (ela, o marido e quatro filhos), o que, no fim das contas, representa uma renda per capita  de apenas R$ 1,22 por dia.

O pesquisador da FGV destaca que o cenário de pobreza foi agravado pelo desemprego e evidenciado por causa da pandemia de covid-19, que paralisou o setor de serviços. “Alguns estados foram atingidos mais fortemente, principalmente aqueles que têm um mercado de trabalho muito voltado para os serviços e para o mercado informal, como é o caso dos estados do Nordeste. No ano passado, o auxílio emergencial teve um papel importante na diminuição da pobreza e da extrema pobreza, mas tivemos uma redução nos valores juntamente com uma alta inflacionária, de modo que aqueles que recebem auxílio hoje são muito afetados pelos altos preços”, comenta Daniel Duque.

Grávida de oito meses e com uma filha de dois anos, a catadora de recicláveis Manoelle Cristiny, 23, também vive em um barraco no conjunto Parque dos Coqueiros. Ela sequer chegou a receber o auxílio emergencial e teve o Bolsa Família, no valor de R$ 91, cortado desde março do ano passado. A jovem conta que se separou e não tem ajuda do ex-companheiro para criar os filhos. “Aqui é assim, moro sozinha, às vezes tem, às vezes não [comida]. Meu Bolsa Família foi bloqueado. Quando eu fiz [o cadastro] não tinha minha menina. Tenho o cartão, o Caixa Tem, mas não estou recebendo. A mulher disse que tinha que atualizar, mas só atualizava quando acabasse a pandemia, aí agora não recebo mais nem os R$ 91. Também não posso nem sair para resolver isso porque estou prestes a parir e não tem com quem deixar minha menina. Infelizmente o poder público, nossos governantes, não chegam aqui”, conta Manoelle Cristiny.

Problemas estruturais potencializam pobreza

Do ponto de vista da falta de oportunidades, que acaba jogando potiguares para a informalidade, o economista Cláudio Barbosa destaca que o Rio Grande do Norte ainda não possui capacidade de absorver a mão de obra do estado devido a problemas estruturais.

“Nós somos carentes de infraestrutura, de grandes obras que pudessem empregar essa massa não qualificada e até mesmo a qualificada, que não está encontrando e está caindo na pobreza. Esse é um ponto nevrálgico”, diz. No Rio Grande do Norte, a taxa de desemprego calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi de 16,4%, no trimestre encerrado em julho. O índice é o segundo maior da série histórica iniciada em 2012. O recorde (17,3%) foi registrado no terceiro trimestre do ano passado. Hoje, 238 mil pessoas buscam entrar no mercado de trabalho do Estado. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD).

O especialista em gestão financeira pondera também os efeitos da pandemia nas finanças de Estado e municípios. “Esses problemas estruturais atingiram o Rio Grande do Norte em cheio. Fora isso, nós estamos, também a nível governamental estadual e municipal, numa carência de recursos financeiros, haja vista que nós investimos boa parcela dos nossos excedentes para o combate da pandemia”, acrescenta Barbosa.

Para o economista Robespierre do O’, as áreas econômicas mais fortes do Estado acabaram afetadas pela pandemia. “Existe ainda o agravante da pandemia e o nosso estado é periférico e pobre economicamente, dependente das exportações e do turismo, que foram setores muito afetados neste período. No ano passado nós tivemos um auxílio emergencial de R$ 600 e hoje está em R$ 150, então esses fatores acabam contribuindo para que o nosso estado sinta essa crise com mais peso”, explica o especialista, que também é membro do Conselho Regional de Economia (Corecon/RN).

Ao passo da diminuição do Auxílio Emergencial, o Rio Grande do Norte registrou aumento no valor da cesta básica, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em agosto, a cesta básica em Natal chegou a custar R$ 508,04, incluindo aumento de 0,30% em comparação com o mês anterior. Ante agosto de 2020, a variação foi de 21,11%. Para efeito comparativo, levando em consideração o valor médio do Auxílio Emergencial 2021 (R$ 262,50), seriam necessárias duas parcelas do benefício para comprar uma cesta básica em Natal.

Expectativa ruim

Na análise do economista Robespierre do O', a tendência é que a pobreza não apresente recuo em 2022. “A tendência da pobreza é aumentar. O país vai ter um crescimento este ano de 5% e o mercado está prevendo para o ano que vem um crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] de 1% a 1,6%. Isso já mostra que a gente praticamente não vai ter crescimento. Além disso temos as escolas fechadas ou em uma reabertura tímida. Soma-se a isso uma instabilidade política no país, que acaba influenciando a parte econômica. As declarações recentes do presidente contra o STF acabam criando ainda mais incertezas. A gente fica preocupado”, opina.

Fonte:Tribuna do Norte

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IV Semana Estadual da Juventude tem início nesta segunda (13), as cidades de Currais Novos e Parelhas estão incluídas

A construção de políticas públicas específicas para garantir a inserção e o protagonismo dos jovens na sociedade, sobretudo neste momento de vulnerabilidades impostas pela pandemia da Covid-19, é o objetivo da Semana Estadual da Juventude (SEJ), que chega em 2021 a sua quarta edição e será aberta nesta segunda-feira (13). Promovida pelo Governo do RN por meio da Secretaria Estadual das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH), numa articulação com o Conselho Estadual de Juventude (CEJUV), a programação segue até o dia 22 de setembro com atividades em sete municípios, além de momentos virtuais envolvendo todo o estado.

A SEJ 2021 terá como tema “O Poder da Juventude na Transformação do RN” e contará com mutirões de emissão de documentos, rodas de conversa, oficinas, audiências públicas, torneios e momentos culturais em Natal, Pau dos Ferros, Baraúna, Mossoró, Currais Novos, Parelhas e Lajes. De acordo com Gabriel Medeiros, subsecretário de Juventude da SEMJIDH, a mobilização, que conta com adesão das prefeituras, movimentos estudantis e outras entidades da sociedade civil organizada, também visa a estimular a criação e fortalecimento dos conselhos e planos municipais da Juventude.

“A Semana Estadual da Juventude é um marco anual para as nossas políticas de juventude no estado. É o momento de debater com a sociedade a realidade da juventude no estado, apresentar a política do nosso governo e realizar ações de promoção de políticas públicas de juventude em diversos territórios do estado. Depois de uma terceira edição completamente virtual, a quarta SEJ retoma as atividades presenciais com todos os cuidados sanitários e celebra o reencontro da juventude potiguar com a construção das PPJs”, disse Gabriel.

Promovida pela SEMJIDH, em parceria com o CEJUV, a Semana Estadual da Juventude também busca estimular a participação dos jovens no processo de decisão política, reduzindo desigualdades e garantindo acesso à educação, cidadania, cultura e ao mercado de trabalho. “A SEJ por si só já é a materialização de diversas políticas públicas que trazem os jovens para o verdadeiro protagonismo. E, nesse sentido, a programação inclui mutirões de emissão de documentos, oficinas de elaboração de projetos culturais, rodas de conversa sobre direitos humanos, economia solidária, ética, mercado de trabalho, ambiente virtual, igualdade racial, diversidade e outras pautas que fazem parte do universo jovem”, destacou a secretária da SEMJIDH, Júlia Arruda.

A SEJ 2021 será aberta nesta segunda-feira (13), às 14h, na Escola Estadual Raimundo Soares, em Natal, e segue até o dia 22.

Confira a programação completa:

SEGUNDA-FEIRA (13)

9h - Reunião Ordinária do Conselho Estadual da Juventude - CEJUV;

Escola de Governo, Natal

14h - Abertura Oficial da IV Semana Estadual da Juventude;

Escola Estadual Raimundo Soares - Natal

TERÇA-FEIRA (14)

Casa da Cultura Popular Joaquim Correia - Praça da Matriz, 157 - Pau dos Ferros

9h - Mutirão de Emissão de Documentos e Entrega dos cheques do CredJovem/RN;

14h - Oficina de Elaboração de Projetos Culturais com Adler Barros, do Setor de Projetos da Fundação José Augusto;

16h - Roda de Conversa: Juventude e Direitos Humanos com o Conselho Estadual da Juventude.

QUARTA-FEIRA (15)

Secretaria Municipal de Educação - Av. Jerônimo Rosado, Centro - Baraúna

9h - Mutirão de Emissão de Documentos;

14h - Oficina de Elaboração de Projetos Culturais com Adler Barros, no Setor de Projetos da Fundação José Augusto;

QUINTA-FEIRA (16)

Escola de Artes - Av. Jerônimo Dix-Neuf Rosado, 34-46 - Bom Jardim, Mossoró - RN

9h - Roda de Conversa Juventude e Economia Solidária com Lidiane Freire, subcoordenadora de Economia Solidária do Governo do RN;

9h - Mutirão de Emissão de ID Jovem;

13h - Visita a Escola que irá receber o Programa Jovem Potiguar;

SEXTA-FEIRA (17)

(atividades virtuais)

9h - Roda de Conversa Sobre Ética, Cidadania e Direitos Humanos no Mundo do Trabalho com Joseane Bezerra, secretária Adjunta do Trabalho e Anna Waleska, Professora da UNI-RN.

14h - Roda de Conversa Juventude Negra e Igualdade Racial com Lia Araújo, presidenta do Conselho Estadual da Juventude, Giselma Omille, coordenadora Estadual da Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Ivênio Hermes, coordenador de Informações, Estatísticas e Análise Criminal - COINE, Pedro Gorki, vereador de Natal e Brisa Brach, vereadora de Natal.

SÁBADO (18) E DOMINGO (19)

(atividade virtual)

9h - 2º Torneio de E-Sport da SEJUV

SEGUNDA-FEIRA (20)

Praça Cristo Rei - Currais Novos

9h - Mutirão de Emissão de Documentos;

14h - Roda de Conversas sobre Políticas Públicas para a População LGBTI+ com Janaina Lima, coordenadora de Diversidade Sexual do Governo do RN e Luzitercio Albuquerque, coordenador da Casa dos Conselhos de Currais Novos;

16h - Roda de Conversas sobre Políticas Públicas para a Juventude com Mattson Ranier, vereador de Currais Novos e Fernando Ferreira, conselheiro Estadual da Juventude.

TERÇA-FEIRA (21)

9h - Audiência Pública de Juventude e Entrega dos Cheques do CredJovem/RN,

Câmara Municipal de Parelhas - Praça Arnaldo Bezerra, Centro, Parelhas - RN;

13h - Audiência com a Prefeitura Municipal de Parelhas;

14h - Roda de Conversa: O Esporte Como instrumento de Inclusão e Transformação Social com Matheus Jancy, doutorando em Educação Física e Membro da Academia Paralímpica Brasileira, com participação pela plataforma ZOOM.

QUARTA-FEIRA (22)

9h - Audiência com a Prefeitura Municipal de Lajes;

14h - #ConversaSegura: Um Bate-Papo Sobre Privacidade, Criptografia e Reputação Online com Yuri Lima, embaixador do Programa Cidadão Digital pelo Rio Grande do Norte.Agente de Inovação Jurídica ÍRIS Lab Gov e Gustavo Barreto, embaixador do Programa Cidadão Digital de Pernambuco e membro da Organização Seja a Mudança, com participação pela plataforma Zoom.

Fonte: SEMJIDH-RN / ASSECOM-RN

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