Quando as famílias do Semiárido estão prestes a iniciar 2018
com apenas R$ 20 milhões no orçamento da união para serem gastos com
tecnologias de armazenamento de água da chuva em todo o Brasil, surge um
alento. A partir do mês que vem, 6.821 famílias da região serão contempladas
com tecnologias que guardam água para a produção de alimentos e criação de
animais. Além disso, cerca de 35% destas famílias (2.380) vão ter assistência
técnica agroecológica por um ano após a instalação da tecnologia na
propriedade.
Trata-se de mais uma etapa do Programa Uma Terra e Duas Águas
da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) com apoio financeiro de R$ 100
milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A
parceria entre o BNDES e a ASA, com a participação da Fundação Banco do Brasil,
vem desde 2013. De lá pra cá, foram investidos R$ 271 milhões que
possibilitaram a construção de 25 mil tecnologias de segunda água para número
igual de famílias agricultoras.
“A parceria com a ASA dialoga perfeitamente com a missão da
instituição, que é contribuir para a redução das desigualdades sociais e
regionais do nosso país. As cisternas de produção promovem não só a segurança
alimentar das famílias atendidas, como também conseguem gerar renda para essas
famílias. Trata-se, portanto, de uma ação de alto impacto social e é isso que o
BNDES busca cada vez mais com o uso de seus recursos, seja ele de natureza
reembolsável ou não”, comenta a Chefe do Departamento de Inclusão Produtiva do
BNDES, Daniela Arantes.
Atualmente, na região semiárida, cerca de 150 mil famílias já
fazem uso das tecnologias que estocam água da chuva para cultivo de alimentos.
E quase o triplo – 400 mil famílias – necessitam delas para melhorar a sua
alimentação e também a renda.
A implementação destas 6.821 tecnologias sociais –
cisternas-calçadão, cisternas-enxurrada e barreiros trincheiras – acontecerá
durante o ano que vem em 34 territórios de nove estados que a ASA atua (MG, BA,
SE. AL, PE, PB, RN, CE e PI). Para as 2.380 famílias que terão assistência
técnica agroecológica, esse acompanhamento se dará no ano de 2019. Elas
receberão um recurso de R$ 3 mil – o dobro do valor que as demais famílias
atendidas pelo programa recebem – para ampliar a produção.
Fonte: asabrasil.org.br
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