As pesquisas são fundamentais para orientar a construção de
políticas públicas em saúde no país. Isso porque permitem que o governo planeje
as ações sabendo quais são as necessidades reais da população. Elas também
trazem informações que auxiliam no processo de tomada de decisão e geram
benefícios para toda a sociedade.
Por isso, o Ministério da Saúde sempre investiu em pesquisas
e continua investindo. Por exemplo, a parceria com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) tem duas décadas. E, para os próximos dois anos,
serão feitas três pesquisas de âmbito nacional que vão possibilitar a
construção do retrato da saúde da população e da capacidade instalada do
Sistema Único de Saúde (SUS). Tendo por base dados obtidos pelo IBGE, a
iniciativa vai incluir assuntos que permitam avaliar o momento atual do SUS,
priorizando e reforçando o papel da Atenção Primária à Saúde (APS), prioridade
do governo do Brasil.
O convênio contará com R$ 30,1 milhões do Ministério da Saúde
para a realização de três pesquisas: um suplemento da Atenção Primária na
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), a
Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) e a Pesquisa de Assistência
Médico-Sanitária (AMS).
A PNAD Contínua foi planejada para produzir indicadores sobre
formas de trabalho, cuidados de pessoas e afazeres domésticos, tecnologia da
informação e comunicação, entre outros. A ideia é obter dados mais apurados
sobre APS. A pesquisa contará também de forma inédita com um suplemento sobre
saúde com um módulo voltado para a APS e outro sobre desenvolvimento infantil.
Já a PNDS, feita pela última vez em 2006, atualizará as
informações da saúde materno-infantil, principalmente sobre fecundidade e
intenções reprodutivas, assistência à gestação e ao parto, morbidade feminina,
estado nutricional das crianças, desenvolvimento infantil e qualidade dos
serviços da atenção primária. Essa pesquisa será iniciada no primeiro semestre
de 2021. Por meio de entrevistas domiciliares com visitas a 110 mil domicílios,
ela fornecerá dados e indicadores relevantes para o contexto da saúde da mulher
e da criança.
A pesquisa AMS vai traçar o perfil da capacidade instalada e
da oferta de serviços de saúde, tendo como unidade de investigação o
estabelecimento de saúde que presta assistência à saúde individual ou coletiva.
Além disso, ela também possibilitará mapear a força de trabalho do SUS. Para a
AMS, prevista para 2º semestre de 2021, calcula-se a participação de
aproximadamente 100 mil estabelecimentos de saúde no país.
Com essa parceria, o cidadão e a gestão pública ganham com
dados mais precisos, com maior frequência e transparência à disposição.
“Queremos que essa junção de força, conhecimento e autonomia resulte na
produção de conhecimento e na melhoria de vida dos brasileiros”, destacou o
secretário de Atenção Primária à Saúde, Erno Harzheim.
Para a presidente do IBGE, Suzana Cordeiro, a parceria traz
uma cooperação orçamentária entre ministérios e instituições muito relevante.
“É importante estarmos avançando na transparência de dados. Estamos em busca de
dados transparentes, atuais e reais. Todo esse conhecimento servirá para toda a
sociedade brasileira”, ressaltou ela.
Fonte: Blog da Saúde
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