domingo, 15 de maio de 2022

Inverno faz prosperar lavouras do Programa Banco de Sementes

A agricultora Risolene Vitorino (de bermuda preta), do P.A. Fazenda Hipólito, plantou sorgo e feijão vindos do Banco de Sementes. Foto: Emater

Os resultados do bom inverno de 2022, na região do semiárido, estão aparecendo nas lavouras plantadas com as sementes de milho, feijão e sorgo distribuídas pelo Governo do RN através do Programa Banco de Sementes, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape) e executado pela Emater-RN. 

Através do programa, os agricultores familiares garantem o plantio de subsistência com o milho e feijão, e suporte forrageiro para o rebanho com o sorgo.

Foram 724,12 toneladas de sementes para reposição dos bancos na safra deste ano, das quais 129,1 toneladas foram de feijão IPA 207; 118,4 toneladas do tipo Riso do Ano; 306,2 toneladas de milho Cruzeta; e 170,26 toneladas de sorgo forrageiro. 

Pelo Rio Grande do Norte afora, o Programa Banco de Sementes atendeu 162 municípios, 1.813 bancos de sementes e beneficiou 55.761 agricultores familiares cadastrados pela Emater-RN. O investimento chegou a R$ 9,8 milhões, sendo R$ 3,5 milhões a mais que em 2021. 

O município de Mossoró, por exemplo, concentra a maior quantidade de famílias atendidas pelo programa, 1.728 no total. Segundo o engenheiro agrônomo e extensionista do escritório da Emater de Mossoró, Alexandre Dantas, depois que as sementes são entregues no início do ano, os técnicos fazem vistorias nas lavouras aproveitando visitas de campo relacionadas a outras ações e acompanham o desenvolvimento do que foi plantado. Com esse contato permanente, conseguem agir em caso de pragas ou doenças e reportam esses casos por meio de relatório técnico à Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape).

Outro meio de acompanhar o desenvolvimento do plantio é com o uso da tecnologia, através dos grupos de mensagem. “Nossa zona rural é muito extensa. E, para facilitar esse contato, já utilizamos grupos de mensagem para fazermos mobilização dos agricultores para reuniões e outros assuntos, principalmente após a pandemia. Então, trocamos muitas informações por esse meio. Os agricultores postam fotos e têm acesso direto conosco”, disse Alexandre Dantas.

Atualmente, os técnicos da Emater estão realizando a prestação de contas dos bancos de sementes junto à Sape. Os dados são atualizados até meados do ano e subsidiam o planejamento para a safra do ano seguinte. 

A agricultora Risolene Vitorino de Oliveira Lima, do P.A. Fazenda Hipólito, plantou este ano seis hectares, sendo quatro hectares de milho. A maior parte ela ainda compra, mas as sementes recebidas pelo programa já ajudam no montante final do que colhe. No entanto, o sorgo e o feijão cultivados por Risolene são totalmente vindos da ação do Governo do Estado.

Agricultora da Agrovila Montana, do Assentamento Maísa, Ivete Dantas da Rocha plantou 9,5 hectares, sendo a área de feijão totalmente do Programa Banco de Sementes. O milho e o sorgo são um incremento.

Tribuna do Norte

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