Até cada vacina chegar ao braço de um potiguar é preciso um
planejamento que envolve diversos profissionais em várias etapas. Para
qualificar esse processo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) reúne,
de hoje (25) até sexta-feira (28), representantes de vários municípios do Rio
Grande do Norte para participar de uma oficina de trabalho.
A atividade - oficialmente chamada de "formação de
profissionais em microplanejamento de vacinação de alta qualidade do programa
de rotina, intensificação e campanhas - é feita em parceria entre a Sesap, o
Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e faz parte
do esforço conjunto deste novo momento da saúde pública no Brasil. O objetivo
central é retomar os níveis de cobertura vacinal que notabilizaram o país no
mundo inteiro e o RN foi escolhido para dar o pontapé desse trabalho.
Ao longo da semana os municípios vão avaliar cenários,
discutir estratégias e modelos para atender cada realidade, casos de doenças e
tipos de vacinação disponíveis. A primeira turma de formação contempla
representantes de Natal, Macaíba, Extremoz, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante.
A etapa seguinte, marcada para quinta e sexta-feira, contará com municípios do
Agreste Potiguar.
"É muito importante para o nosso estado receber essa
capacitação. Reunimos os municípios em duas turmas, a partir da análise de
dados recentes relacionados a casos suspeitos de febre amarela, mas a formação
envolve todo o programa de vacinação. Vamos sair daqui com facilitadores
prontos para distribuir o conhecimento", afirmou a coordenadora do
programa de imunização da Sesap, Laiane Graziela.
A formação foca na sistematização do que é feito
historicamente pelo programa de imunização brasileiro, buscando recuperar as
falhas criadas recentemente, em especial após o início da pandemia do
coronavírus, e, essencialmente, voltar a controlar, eliminar e erradicar
doenças que podem ser prevenidas por vacina.
"Hoje o Rio Grande do Norte escreve a história do
momento de resgate da imunização no Brasil, um país que sempre foi referência
no mundo quando o quesito é vacinação. Esperamos que seja possível recuperar
esse posto em dois, três anos", pontuou a assessora internacional de
imunização da OPAS, Regina Duron.
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