A única vereadora trans do nordeste, Thabatta Pimenta, foi
convidada para ser uma das representantes do Brasil no Encontro de Lideranças
Políticas LGBTI das Américas e do Caribe no México. A potiguar que foi a
segunda mulher progressista mais votada do Rio Grande do Norte para Deputada
Federal nas últimas eleições, estará no evento que acontece na Cidade do México
entre os dias 20 e 22 de julho, juntamente com a comitiva brasileira.
“Venho com essa luta não só LGBT, mas anticapacitista, pelo
direito das pessoas com deficiência.” destacou Thabatta também é ativista pelas
direitos das comunidades PcDs, além de ser chamada de “irmãe” por seu irmão
Ryan, que possui paralisia cerebral. Ansiosa, a parlamentar afirmou estar
esperançosa com a sua participação no evento, “Isso só mostra que há um caminho
para as comunidades LGBT, né?. Com esse recorte também dos pequenos municípios,
mostrando essas realidades” revelou em entrevista ao Planeta Foda.
O evento internacional que reúne lideranças abertamente
LGBTI, servidores públicos e pessoas aliadas, busca avanço em direção à
igualdade através de um espaço de diálogo, capacitação e troca de experiências.
Considerado um dos maiores eventos voltados à lideranças das comunidades, já
reuniu mais de 1.350 líderes LGBTIQ+ de mais de 40 países de todo o hemisfério.
Segundo Thabatta, o convite para participar do evento se deu
por seu expressivo número de votos nas últimas eleições, mesmo sendo uma mulher
trans do interior do Rio Grande do Norte. “Tem um peso ser uma mulher trans e
travesti que foi votada em todos os municípios do Estado, sem conseguir chegar
em todos eles” afirmou a vereadora. Entre os objetivos do evento está
identificar os avanços e as melhores práticas nos processos de participação
cidadã e política de pessoas das comunidades, destacar o papel de líderes LGBTI
na construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária para todos,
reforçar o trabalho com pessoas aliadas em instituições, na sociedade civil e
no mundo empresarial, além de construir ideias para promover o diálogo com as
instituições de Estado.
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