O setor de cerâmica vermelha está entre os que mais geram empregos
no Rio Grande do Norte e vem passando por mudanças, em busca de uma produção
com foco na qualidade, sustentabilidade e eficiência. Entre os dias 14 e 18, de
agosto, uma série de oficinas será realizada, de forma gratuita, para empresários
e funcionários de indústrias cerâmicas nas regiões do Seridó e Vale do Açú.
As oficinas irão abordar a identificação de demandas das
indústrias do interior do estado, o desenvolvimento local, parcerias entre
empresas e instituições públicas e o compartilhamento de experiências entre os
ceramistas participantes. O objetivo é orientar como a indústria de
cerâmica da construção pode planejar estratégias de médio e longo
prazo para o crescimento do setor no Rio Grande do Norte.
As atividades serão coordenadas por pesquisadores da Universidade
Católica de Brasília (UCB), com apoio técnico do Instituto Nacional de
Tecnologia (INT/ MCTI) e do Instituto Prospectiva (INSPRO), em parceria com o
Sindicato das Indústrias Cerâmicas para Construção do Rio Grande do Norte (
Sindicer-RN), a Associação dos Ceramistas do Seridó (ACESE), a Associação dos
Ceramistas do Vale de Carnaúba (ACVC) e a Associação dos Ceramista do Vale do
Açu e Apodi (ACEVALE) .
Nos dias 14 e 15 de agosto, elas serão realizadas em
Carnaúbas dos Dantas, no Centro de Formação Francisca de Assis. Já nos dias 17
e 18, as oficinas ocorrerão no CP Getúlio Vargas, em
Assú. A iniciativa inclui também a participação de
representantes do Sebrae-RN, do IFRN e das prefeituras dos municípios onde
serão realizadas ações do projeto.
Um dos grandes desafios atuais da indústria cerâmica em todo o país é a modernização de seus processos produtivos, incluindo a adequação de sua matriz energética.
O setor tem buscado atualizar-se tecnologicamente e ter
uma fonte energética limpa, renovável, sustentável e com um custo competitivo.
Isso inclui a atualização de fornos com maior produtividade e que gerem uma
menor emissão de gases poluentes, durante a fabricação dos produtos. “Somente a
partir de uma mobilização dos empreendedores locais para a formulação
estratégica de um futuro sustentável e durável é que se pode pensar em um
processo de mudança”, explica Maurício Henriques, pesquisador do Laboratório de
Energia do INT.
O projeto, intitulado Planejamento de Longo Prazo para
Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral (APL) das indústrias de cerâmica
vermelha nas regiões do Seridó e Vale do Açu, é financiado pelo Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação e terá duração de 18 meses. Além das oficinas de
trabalho, também estão previstas visitas a cerâmicas do interior para a
elaboração de um diagnóstico do setor no estado, em relação à geração de empregos,
número de empresas em funcionamento e demanda de produção blocos, telhas, lajes
e tijolos no Rio Grande do Norte.
Os últimos dados oficiais sobre o setor no estado são de
2012, o que exige uma atualização de informações para o planejamento de ações
por parte das empresas, já que o cenário econômico da indústria mudou bastante,
nos últimos anos, principalmente, após a pandemia. “Trata-se de uma
oportunidade de desenvolver boas práticas de gestão e inovação, divulgar as
potencialidades do setor cerâmico, como também debater linhas de ação
estruturantes para a expansão, consolidação e desenvolvimento sustentável das
cerâmicas potiguares”, afirma Vinicius Costa Lima, presidente Sindicer-RN
As inscrições para as oficinas podem ser feitas pelo link: AQUI
Mais informações pelo telefone: (84) 9 9104 5163
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