sábado, 12 de outubro de 2024

Após dar todo suporte a pacientes, Prefeitura do RN investiga porque houve infecção em cirurgias de catarata

A Prefeitura de Parelhas anunciou que abriu uma investigação para apurar o que causou a infecção bacteriana em pacientes que passaram pelo mutirão de cirurgias de catarata organizado pelo Município. A auditoria foi aberta após o Município arcar com as despesas e suporte de todos os pacientes que tiveram problemas após a operação.

A investigação vai apurar a responsabilidade do local onde foram realizadas as cirurgias, que foi na maternidade, e no corpo cirúrgico, além da questão da água e equipamentos.

O município explicou, ainda, que vem realizando, junto ao Ministério Público desde 2018, esses mutirões, porque havia uma grande fila de cirurgias.

Além disso, por meio de entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (11), a Prefeitura de Parelhas informou que pagou todos os custos de operação e cuidados com esses pacientes que sofreram com a infecção após a cirurgia.

Seriam 15, mas a grande maioria já teria sido até liberada após os cuidados do município.

“Demos toda a assistência, inclusive, pagando consultas particulares em alguns casos, com os pacientes escolhendo o médico que queriam ser consultados”, afirmou o prefeito Thiago.

As cirurgias ocorreram nos dias 27 e 28 de setembro na Maternidade Dr. Graciliano Lordão. No total, 48 pessoas foram atendidas, sendo 20 no dia 27 e 28 no dia seguinte. De acordo com a prefeitura, dos 20 pacientes operados no primeiro dia, 15 apresentaram sintomas de endoftalmite, uma infecção ocular causada pela bactéria Enterobacter cloacae.

A cabelereira Izabel Maria, de 63 anos, foi uma das que passou pelo mutirão de cirurgias de catarata e acabou precisando precisou passar por uma evisceração ocular — procedimento que remove o conteúdo do globo ocular, preservando a esclera e os músculos.

ARQUIVAMENTO

O Ministério Público do RN, inclusive, chegou a investigar a fila de pacientes esperando cirurgia em Parelhas, mas arquivou o caso, por constatar que a Prefeitura de Parelhas vinha trabalhando para reduzir as filas, o que mostra que as cirurgias não foram “eleitoreiras”.

“No caso dos autos, as medidas adotadas pelo Município de Parelhas vêm demonstrando efeito na diminuição das filas de espera, uma vez que as últimas reclamações de falta ou demora na realização de exames de média complexidade ocorreram em 2018”, diz o texto do MP.

Fonte: Blog do Gustavo Negreiros

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