A conta de energia dos brasileiros vai ficar mais cara a partir desta terça-feira (1º). Tanto consumidores residenciais como comerciais pagarão R$ 7,877 a mais a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, com a chamada bandeira vermelha patamar 2, a mais restritiva na política de bandeiras tarifárias. Em setembro, já havia sido acionada a bandeira vermelha patamar 1, cuja a taxa extra é de R$ 4,463 a cada 100 kWh (76% mais barata que o patamar 2, portanto).
O objetivo principal do governo, com a medida, é custear o acionamento das usinas termoelétricas, que têm custo de geração maior que as hidrelétricas, atualmente com seus reservatórios de água nos menores níveis em mais de três anos.
O outro objetivo é “incentivar” a redução do consumo de energia pelos brasileiros.
Certo, mas como fazer isso se praticamente todos os equipamentos que utilizamos no dia a dia precisam de energia elétrica?
Maikon Perin, especialista em risco e inteligência de mercado da Ludfor Energia, explica que, com a forte variação de temperatura que tem marcado o clima nos últimos meses, é preciso entender quais os equipamentos elétricos que mais consomem energia em uma residência, considerando essas condições extremas.
Ele cita que, em altas temperaturas, os equipamentos que mais gastam energia são o ar-condicionado, a geladeira, o freezer e o ferro de passar roupas.
Já na situação inversa, de mais frio, o chuveiro elétrico e aquecedor elétrico se somam aos anteriores ar-condicionado e ferro de passar.
Além disso, há um mito no mercado de que tomadas de 220 volts consomem mais do que as de 110 volts.
“O tipo de tomada não faz diferença no consumo de energia”, explica Perin. “O gasto não depende da tensão elétrica (voltagem), mas sim da potência de cada equipamento.”
Ou seja, um aspirador de pó de 1.100 watts gasta menos do que um de 1.800 watts, independentemente de ser 110 volts ou 220.
Perin observa ainda que a “idade” do equipamento pode demandar mais energia. “Equipamentos elétricos, como motores de eletrodomésticos e sistemas de aquecimento, podem se desgastar e perder a eficiência ao longo do tempo”, afirma.
Além disso, a manutenção pode interferir no consumo de equipamentos como, por exemplo, o ar-condicionado, que precisa de limpeza dos filtros, pois se estiver sujo, reduz sua eficiência, orienta Perin.
Fonte de informações Blog da Gláucia Lima
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