Picolé foi leiloado por mais de R$ 6 mil no RN — Foto:
Divulgação
Caso aconteceu na festa de São José, padoreiro da cidade de
São José do Seridó, no domingo (1º). 'Leilão do Picolé' é uma tradição de mais
de 30 anos no município.
Um picolé foi arrematado por mais de R$ 6 mil em um leilão na
cidade de São José do Seridó, no interior do Rio Grande do Norte, neste domingo
(1º), durante a Festa de São José, padroeiro da cidade.
Mas o valor não é doado apenas por conta do picolé. O
arremate faz parte de uma ação solidária de um grupo de amigos em uma atividade
que ficou conhecida como "Leilão do Picolé" - uma tradição iniciada
há mais de 30 anos.
O valor arrecadado serve para ajudar financeiramente projetos
desenvolvidos pela Paróquia de São José. Dessa forma, um grupo chamado de
"A Turma do Picolé" se reúne para ofertar um valor que possa ajudar a
comunidade.
O picolé, portanto, passou apenas a ser um símbolo dessa
tradição, segundo explica a Turma. E, no fim, todo mundo que está na "brincadeira"
acaba ganhando um.
Um dos participantes da Turma do Picolé, Alcio Farias, conta
que esse arremate é "uma oferta do grupo de amigos por reconhecer os
trabalhos sociais desenvolvidos pela Paróquia de São José".
"Os recursos angariados com o leilão do picolé são
revertidos para as obras socias da igreja, fortalecendo os serviços sociais
promovidos, como, por exemplo, a assistência à comunidade por meio dos
vicentinos da Comunidade São Vicente de Paulo; a compra de lanches para as
crianças das catequeses, além de outras obras sociais que são promovidas pela
Paróquia de São José de São José do Seridó e efetivadas pelos grupos
pastorais", explicou.
Ele conta ainda que quando o leilão demora, o picolé acaba
sendo degustado pelo próprio padre, que é o apregoador.
Tradição
A festa de São José acontece tradicionalmente no domingo do
último fim de semana do mês de setembro em São José do Seridó. Antigamente, os
leilões aconteciam após a missa solene, no mercado público da cidade.
"Um dos eventos marcantes dos festejos era o leilão de
grandes prendas como garrotes, ovelhas, bodes, doações de agricultores. Mas,
com o mesmo empenho, eram apregoadas também prendas como bolos caseiros,
galinhas, frutos das colheitas dos trabalhadores rurais, entre outras
ofertas", lembra Alcio Farias.
Leilão do Picolé continua com a tradição em São José do
Seridó — Foto: Divulgação
Ele conta que um grupo de amigos sempre participava dos
leilões para arrematar as prendas. Diante do período quente, era comum
vendedores de picolés caseiros, como os famosos “dindins” e “polis”, para amenizar
o calor do meio dia.
Alcio cita que com o passar dos anos a tradição do leilão ao
meio dia do domingo foi perdendo força.
"Então, como forma de impulsionar a tradição do leilão,
há 30 anos, de súbito, uma das participantes do grupo de amigos teve a ideia de
colocar como prenda para o leilão um picolé caseiro, com o compromisso que a
turma arrematasse o picolé de modo a cobrir o maior valor ofertado. Assim,
aconteceu, revigorando-se a batalha entre os arrematadores para conquistar a
prenda inusitada", contou.
Fonte: G1
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