A bandeira tarifária, uma sobretaxa que é acionada nas contas
de luz quando o custo da geração de energia aumenta, deve subir de R$ 9,49 para
um valor entre R$ 14 e R$ 15 a partir de setembro. A decisão da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) será informada no máximo até a próxima
terça-feira. Será um aumento, portanto, entre 50% e 58%.
O valor será cobrado da bandeira vermelha 2, o patamar mais
alto desse sistema (que tem ainda as cores verde, amarela e vermelha 1). A taxa
é cobrada a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O valor atual está em vigor desde julho, quando houve um aumento
de 52%, mas o custo da geração de energia disparou, exigindo o novo aumento.
O assunto foi discutido numa reunião com diversos
representantes do governo nesta semana. De acordo com participantes dessa
reunião, o Ministério de Minas e Energia sugeriu subir o valor da bandeira para
R$ 24, o que seria mais que o dobro de aumento, por um período de três meses.
Prevaleceu, porém, a proposta do Ministério da Economia, de
cobrar uma taxa entre R$ 14 e R$ 15 por um período maior, possivelmente de seis
meses. Será um período para recuperar os reservatórios após o início do período
úmido, no fim do ano.
Nesta quinta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes,
mencionou a necessidade de encher os reservatórios das hidrelétricas. Por isso,
a pasta defende um meio termo para a cobrança, de maneira a manter a taxa por
mais tempo pagando as termelétricas e recuperar as represas.
Desde abril o ministério de Guedes defende que a bandeira
suba, com esse argumento. Mas a bandeira só subiu em julho.
A bandeira tarifária é um adicional cobrado nas contas de luz
para cobrir o custo da geração de energia por termelétricas, o que ocorre
quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas está muito baixo.
Fonte: Blog de Ismael Medeiros
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